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Clube FM Natal : Nilson Pinheiro (PARTE 2)



O que podemos ter certeza é que existe uma imagem de alguém que temos através de terceiros e a imagem que temos de alguém através do próprio indivíduo, de forma que sempre teremos pelo menos algumas diferenças entre os dois pontos de vista criados.

Em resumo temos:

  • Uma imagem criada antes de qualquer contato
  • Uma imagem criada após o primeiro contato
  • E outra imagem ainda depois de vários contatos.

O perfil de Nilson certamente o ajudou na sua escolha para a empreitada Clube Natal. Nilson passou a ser bem conhecido "na área" por ser rígido para garantir as metas da emissora, sem dúvida eu criei a minha própria curiosidade sobre a maneira de agir e pensar da direção de uma recente, mas já bem vista marca no rádio potiguar (CLUBE FM)

Algo marcante na sua chegada em nossa cidade é que ele adotou a postura de apostar num casting com alguns “estreantes nomes do rádio em Natal” , como por exemplo Rober Monte e Paulo Henrique, além de convidar outros grandes nomes que estavam ausentes do ar natalense, mas já figuras conhecidas e bem queridas.

Com sua chegada muitos candidatos foram apresentados, mas como o número de vagas era limitado, da quantidade a qualidade se evidenciou, e o estilo de locução sob trilhos traçados por Brasília sobrepunha a noção de estilo próprio que os profissionais da voz estavam acostumados, tal intensa supervisão era uma novidade por aqui, pelo menos em tal linha, por isso o modo de acompanhamento de Nilson se mostrou bem próximo até o ponto da cartilha ser absorvida pelo casting.

Após a entrada no ar da emissora, as margens de manobras para ajustes eram mínimas , mas com o dever de arredondar a rádio o mais rapidamente possível os “arrudeios” não existiam e as “puxadas de orelha” eram mais diretas com a intenção da correção imediata e definitiva.

E qual o feedback da equipe

Bem aí eu tive que catar as informações IN OFF daqueles que trabalham com Nilson

Desde antes da minha entrada para a primeira conversa com o então gerente da Clube Natal , eu estive com Rober Monte (locutor da emissora ) que já comentava o relacionamento da equipe, mostrando que se sentia bem na empresa , Rober foi o idealizador e incentivador de meu encontro com Nilson, dias depois e já após eu ter saído da sala da gerência eu fiquei em um bate-papo com Rober (até pouco antes do almoço das 4 horas da tarde) e ele me comentava que o ambiente de trabalho era bem agradável e que o papel de cobranças era inerente as funções da gerência , falou também que ele e o resto da equipe tinham muito bom relacionamento com Nilson , da mesma maneira comentou que a empresa sempre foi muito correta com as obrigações e atividades extras.

A confirmação ao que Rober falou foi feita por de Sandro Bianchi , também demonstrando estar satisfeito com o relacionamento de toda a equipe de trabalho e citando os itens de Rober.

Por tais motivos uma recente chuva de pilotos ocorreu na emissora logo após o comunicado sobre duas vagas, a resposta foi rápida a ponto de praticamente Nilson já contar com opções variadas e se aproximar do anúncio do encerramento das buscas.

Filosofia de rádio comunitária e filosofia de rádio comercial

Nilson em uma fase da vida já batalhou a concessão de uma rádio comunitária, mesmo estando em outra emissora com muito mais alcance e hoje mesmo percebi seu interesse em saber um pouco sobre a Olho D`água FM, a explicação é simples, a rádio comunitária é um excelente meio de descobrir e lapidar talentos. Em qualquer parte do mundo rádios dessa modalidade são vitais para a renovação do meio radiofônico comercial, é permitido experimentar numa rádio comunitária, a margem de erro é mais tolerável , um grande nome pode nascer após uma intensa lapidação com tentativa erro e correção em estúdios singelos, enfim a rádio comunitária cumpre o vital papel de gerar os novos talentos do AR, não se admire caso a sua comunitária seja visitada por diretores ou proprietários de grandes emissoras, não é compaixão , acredite é admiração , muitos dos nomes do rádio foram ouvidos por acaso por estes tais e em seqüência foram “seqüestrados” para as comerciais e se tornaram grandes nomes hoje.

Rádio comercial não permite experimentações por ter que cumpri com sua estética e profissionalismo diferenciado decorrente do fato que os grandes anunciantes cobram ao extremo um funcionamento mais pragmático, sem ultra-improvisações nem troca-troca de horários, da mesma maneira a linha programação é algo que deve ser conduzido de maneira religiosa e não pode depender das vontades do locutor, são algemas as quais as comunitárias estão livres, o prazer é diferenciado, cada uma tem um gostinho diferente mais igualmente apaixonante.

A inovação pode ocorrer tanto numa comunitária como numa comercial , a diferença é que uma inovação não muito eficiente numa comercial pode representar cortes de cabeça, já as positivas ganham reconhecimento em escala gigante, nas comunitárias o experimentalismo é quase regra.

Certa vez Nilson perguntou a um locutor de uma emissora comunitária como ele trabalhava e quem montava a programação daquela rádio, o locutor respondeu que tinha liberdade de tocar absolutamente qualquer música e de qualquer estilo se fosse necessário para atender a um pedido telefônico ou seguir critério próprio para montar a programação com a mesma aleatoriedade , neste momento Nilson falou que isso só era possível numa comunitária e algo impensável numa comercial , durante o fato eu estava presente ouvindo a pergunta e a resposta e “linkei” o sentido de que as liberdades e as obrigatoriedades com audiência/faturamento faziam com quem a emissora comercial estivesse presa as formatações mais fechadas como seguir rigidamente a programação, horário e não se furtar 100% do tempo aos pedidos telefônicos , alguns colegas entenderam como uma comparação de uma rádio com outra não-rádio, mas foi claro textualmente o que Nilson buscou falar, e não era isso, mas devo antecipar que antes mesmo do debate já existia uma predisposição a buscar um “disse e me disse” do novo nome do rádio local.