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Captação em distância de FM: Resistência FM (93,7 MHz) de Mossoró captada próxima à São José de Mipibu (Agreste potiguar)


Aqui tenho que relatar uma captação feita de maneira acidental, mas dada à distância merece relato por ser um dos meus recordes.

Neste domingo tomei o caminho da praia de Tabatinga por volta das 11:30 , como vou só no carro, tenho a liberdade de zapear daquela forma mais chata possível o dial em FM, naquele velho sistema sobe e desce com direito a minutos vasculhando chiados, sempre consigo captar a Campina FM em 93,1 Mhz, algumas de Recife como a Tribuna FM em 107,9 Mhz e de João Pessoa como a Cabo Branco em 91,5 Mhz e a Mix FM em 93,7 MHz onde me aquietei , depois de Nísia Floresta durante o percurso fadings, pleno sinal e sumiço total do sinal da Mix FM , mas nas proximidades de um comunidade chamada de Toromba, a freqüência de 93,7 Mhz foi arrebatada por uma música da Ivete Sangalo , o que em nada faz parte do playlist da Mix , daí a primeira coisa que me veio a minha mente foi uma pirata em 93,7 de Nova Natal que Bruno Zen havia por coincidência me comentado dois dias antes , mas ...mas o pleno sinal e a relativa boa qualidade do áudio me deixaram a desconfiar que não se tratava desta, então fiquei mais atento , até que entra se apresentando no ar o Edmundo Torres e informa para Mossoró a hora , verifiquei as indicações dos spots com endereços de Mossoró e referências constantes a emissora como 93 FM, diferentemente da Mix que chama atenção para a sua marca, bem , com um pouco mais de tempo na audiência já não havia mais nenhuma dúvida era mesmo a Resistência FM que eu captava naquele momento e por um período de aproximadamente 20 minutos as duas se revezavam em receptor , mas já na proximidade da praia a Mix voltou a predominar , lembro que em linha reta desde a geradora em Mossoró até o ponto de minha captação uma distância de aproximadamente 260 quilômetros!

Como todos nós sabemos as emissoras em ondas médias e curtas é que podem se utilizar da reflexão atmosférica pra ganhar distâncias principalmente a noite , de maneira que em tese a emissoras em FM e VHF raramente conseguem vencer mais do que 150 km, mesmo para as mais potentes , mas existem algumas maneiras de até mesmo as FM´s utilizarem, muito raramente claro mas o salto de alcance é possível.

A melhor explicação para se vencer 260 km em linha reta até uma captação em estéreo pleno como a que consegui com a 93 de Mossoró é a bolha ionosférica.

Em situações especiais, a atmosfera(ionosfera) poderá refletir os sinais de VHF tornando possível a recepção a longas distâncias. Os principais fenômenos envolvidos são os Dutos troposféricos e reflexão ionosférica como em MW na chamada camada E- esporádica. Como o nome sugere, essa forma de propagação é esporádica, porém forte, quando acontece, estações de áreas limitadas geograficamente (1200-1300 km) rapidamente aparecerão em som claro e estéreo em alguns casos interferindo em estações locais. Geralmente inicia nos canais baixos de TV(canal 2 e 4) aumentando de frequência até a faixa de emissoras de Fm comerciais! como se fossem emissoras e de AM ou ondas curtas ! (http://gsmartins.vilabol.uol.com.br/pagina4.htm)

Vamos à definição:

Enviado por Pedro Machado da cidade de Lorena, SP

O estudo do INPE sobre Bolhas Ionosféricas explica perfeitamente um fenômeno que integrantes do DX Clube do Brasil vem notando repetidamente há muitos anos. De outubro a março de cada ano, emissoras de FM da região do Caribe podem ser ouvidas no sul do Brasil. Embora não soubéssemos a causa precisa, sabe-se que algo reflete as ondas de FM ( na faixa de VHF ) de volta para a superfície, no período citado.

O INPE enviou um artigo mostrando a pesquisa sobre as bolhas ionosféricas que é reproduzido abaixo.

* Ao final do artigo do INPE, foi inserido uma figura produzida pelo IPS da Austrália, mostrando com mais detalhes os caminhos abertos a propagação produzidos por este fenômeno, ilustrando justamente a ponte entre a região do Caribe e o sul do Brasil.

Da mesma maneira bolhas em proporções menores em podem se formar por sobre nosso pequeno estado

1. As Bolhas Ionosféricas: O Fenômeno

A descoberta do fenômeno pelo INPE

O fenômeno das bolhas ionosféricas foi detectado experimentalmente pela primeira vez sobre o território brasileiro por volta dos anos 1976-1977, pelo grupo de estudos ionosféricos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE de São José dos Campos, por meio de observações científicas da ionosfera noturna, ou seja, por medidas de uma luz muito fraca, a aeroluminescência (também conhecida por airglow, na língua inglesa), emitida pelo oxigênio atômico da ionosfera. Tal descoberta mostra claramente a importância da pesquisa científica básica para aplicações práticas que são de direto interesse para a sociedade. Desde então mais de 100 publicações científicas sobre o assunto foram feitas pelo grupos de estudos ionosféricos do INPE, em revistas científicas especializadas internacionais.
Tal descoberta feita pelo grupo brasileiro, aconteceu paralelamente com a de outros grupos internacionais em outras regiões do globo terrestre.

Morfologia do fenômeno das bolhas As bolhas ionosféricas são regiões vazias de plasma ionosférico. A ionosfera é um plasma, e plasma é um gás formado por partículas livres eletricamente carregadas, ou seja, partículas de cargas elétricas positivas e negativas. Dentro das bolhas o plasma é muito rarefeito. A rarefação pode alcançar até 99% conforme já têm sido observado. Entretanto, as partículas eletricamente neutras da atmosfera terrestre, tais como o oxigênio atômico, não sofrem variação de concentração, o que significa que as bolhas são caracterizadas pelas reduções de concentração de plasma e não de atmosfera neutra.

A bolhas ocorrem na região tropical a partir da altura de aproximadamente 250 km e se estendem por centenas de quilômetros ao longo das linhas de campo geomagnético podendo ir de um hemisfério terrestre ao outro e atingir uma altura máxima superior a 1500 km na região do equador. Elas aparecem logo após o pôr do sol, sobem em altura e se deslocam para leste e nunca ocorrem durante o dia.
Essas bolhas só ocorrem durante a noite e nunca ocorrem durante o dia e estão restritas aproximadamente à região tropical (e portanto elas não ocorrem sobre países de primeiro mundo). A ocorrência delas é altamente sazonal ou seja, varia com a estação do ano e ocorrem sobre a região brasileira entre setembro e março. Elas podem ocorrer também fora deste período, só que ocorrem com muito menos freqüência.

Fonte : http://www.ondascurtas.com/artigos/artigos47.asp

E você já experimentou uma captação em Fm em longa distância??



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