Ter uma gravação ao vivo é hoje à maneira mais fácil e barata para uma banda colocar uma música no mercado radiofônico potiguar e no Nordeste de maneira geral, só que grande parte das bandas não capricham em nada por estas gravações e na pressa de plagiar o mais novo sucesso de novela (nacional ou internacional), realizam um “cover” mal feito e cheio de bicos , depois ainda reclamam porque algumas músicas não são executadas nas emissoras, as vezes uma rádio tem que “normalizar” o arquivo musical, fazer cortes e tudo mais que for necessário para tornar este mesmo arquivo digerível para os ouvintes, uma mão de obra que só existe porque as bandas mandam trabalhos inacabados.
Não se entende o motivo de tanta produção "meia boca" , pois bons equipamentos são utilizados para a captação na maioria dos casos. E as bandas que dominam o movimento "gravado ao vivo" estão muito bem (R$ R$ R$ ...), poderiam tranquilamente "arredondar" um pouco mais o material de divulgação que enviam.
Certa vez , um promotor de uma banda do interior da Paraíba , pediu insistentemente para que nossa emissora local realizasse um entrevista com sua banda, bem a emissora não poderia atender este pedido, até para não destruir a credibilidade da grade , se ele conseguiu tal concessão para esse tipo de entrevista em outras emissoras não somos obrigados a seguir uma formatação de improviso com cheiro de amadorismo, de qualquer forma aceitamos de bom grado o material de divulgação sem qualquer restrição, mas na pré-escuta do CD , senti que executar aquele "ao vivo" na base de muito ruído e merchan alimentaria indefinidamente este tipo de processo de gravação, daí tentei explicar ao promotor que gostaria de receber o material de estúdio , ele me informou que não haviam produzido nada , eu reafirmei que a banda deveria ter algo mais elaborado justamente por ser nova , não sei se me fiz entender, mas acho que com este tipo de negativa, com algum tempo teremos mais qualidade no material enviado para a emissora.
Em todas as partes do estado, existem bandas e profissionais que devem ter muitas dificuldades na produção de seu material de divulgação, mas os problemas maiores são os cuidados na hora da produção, ou seja , basicamente cuidados com erros de execução musical e eliminação de certos vícios como os ‘merchans e alôs” que os cantores e cantoras insistem em carimbar nas músicas! coisas que poderiam ser corrigidas ,não trazem mais custos e no final das contas deixariam as músicas "mais despoluídas" !