O áudio importa no futebol? : 95,98 e 102,1 na batalha pelo ouvinte do esporte.

A galinha dos ovos de ouro das rádios AM´s não só em Natal mas em todo Brasil é o futebol isto porque não se está ouvindo música, na verdade se busca uma continua informação segundo a segundo que perderia em emoção se não fosse feita ao vivo ou fosse substituída por um pós resumo, além do que o público tem um perfil diferente do público de FM pelo menos em tese, outro fator que pendia para o lado das AM´s era o seu maior alcance em relação as transmissões em freqüência modulada , mas rádio é mutação e desde que o injustiçado Edwin Howard Armstrong inventou a transmissão em FM , a própria FM vem se reinventando por si só com velocidade espantosa

Na nossa capital como FM´s que realizam transmissões de futebol temos a 95FM, 98FM e a União FM (mais recente integrante das transmissões) estas dão prioridade aos jogos dos times ABC e América na sua programação durante o campeonato brasileiro na série B, então cabe a pergunta o que isso abala no rádio local AM e FM, bem , a observação que faço é que mesmo para ouvir uma narração é importante a “clareza” da mensagem, de um lado temos um tipo de transmissão com a eliminação de ecos, fim do abafamento e redução forte da estática , todo esse conforto acústico com toda certeza não vai afugentar a audiência, enquanto ao charminho do “eco” AM, este tem sim seus fãs apaixonados , mas lembro bem das vezes que eu ia para cozinha e ligava a luz fluorescente e no quarto ao lado meu pai em imediata reclamação dizia : desligue a luz, você tirou o jogo do ar ! , e estou apenas distante 30 quilômetros de Natal, outro fator que joga contra o AM é que os celulares ,extremamente práticos e portáteis, são rádios também mas só tem a banda FM e estão sempre a mão por motivos óbvios , então já que se vai ao estádio por que levar dois rádios receptores ? (celular e “radinho” tradicional) , do celular não se fica longe então este é o adotado mesmo, lembro que dentre as FM´s que fazem a transmissão do futebol temos a mais potente do estado que vence os 150 km em praticamente todas as direções e em um pequeno estado em termos geográficos com o nosso isto significa cobrir praticamente metade dele e ainda por cima cobrir mais de 60% da população potiguar, que é a população interessada em ABC e América, ser ouvido na Bahia como diferencial não seria algo que somaria muito.

Sobre as ondas médias :Gosto muito do clima de conversa de madrugada que as AM´s que capto apresentam é algo que deve ser preservado.

As AM´s ainda são as únicas que transmitem além dos jogos do ABC e América o campeonato estadual e os jogos da série A ,neste território não acredito que pelo menos nos próximos 5 anos as FM´s devam entrar, está chegando a era digital e as AM´s vão retomar seu valor , o futebol e a informação ainda são o forte do sistema é um erro ter emissoras AM´s adotando como carro chefe da programação a música , não digo para eliminar a música, mas a música é como uma breve pausa para as idéias de um programa comunicativo , realmente elas devem mesmo ter o foco comunicativo e não musical , a participação temática do ouvinte , os debates, entrevistas, pois isso é o que dá o charme as AM´s, música não é o mais indicado para se executar, chega a ser um contra-senso “musicalizar” uma AM, a menos que sejam canções "inexecutáveis" e/ou arquivos raros que jamais ouviríamos em FM, mesmo um fã pouco exigente do “Calypso” ficaria agoniado de ouvir a voz de “Joelma” abafadona em uma AM, ele preferirá ouvir a “A Lua me traiu” na pirata em freqüência modulada, minha opinião tenham certeza não é solitária: AM é informação, debate , futebol, entrevista , palavras de apoio ao ouvinte , AM é companheira e também salva vidas!!!