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Sistema de Rádio Digital Brasileiro

O modelo de sistema digital de rádio que sonhei!

Dado o nevoeiro no caminho do HDRADIO que o ministro admitiu existir, me atrevo a ter idéias de um sistema de rádio digital para o Brasil.


Vamos primeiros atacar os mitos!

PREMISSA : Operação na mesma freqüência (IBOC)

A primeira correção que eu faria seria na diretriz fundamental em que a emissora opere no modo digital na mesma freqüência do modo analógico.

Motivo desta diretriz: manter a identidade e audiência da emissora

Observação: não existe fundamentalmente a operação na mesma freqüência da transmissão digital e analógica, o que existe é uma operação nas freqüências laterais bem próximas da freqüência analógica em operação (o IBOC seria uma “ilusão de ótica” de uso de mesma freqüência ), e muitas em emissoras principalmente AM´s exitem problemas relativos a interferência de sua própria emissão digital sobre a analógica e destruição de emissões adjacentes de outras emissoras, de maneira que a geradora acaba sendo orientada a diminuir a potência da emissão digital )..putz emissão ,emissão .....emissão

O que tenho em mente é um misto do que vi em uso no mundo, algo do modelo japonês ,pouco do DAB também e até outras experiências menos conhecidas e sem lobby de divulgação.

PROPOSTA SUBSTITUTA: Duplo Canal (para a coisa ser vendável no mundo eu teria que batizar isso de DOUBLE CHANNEL)

Entendo que é fundamental a manutenção de operação na mesma freqüência, mas penso que só no modo analógico. Como solução todas as emissoras ganhariam automaticamente uma outra freqüência em outra banda ,provavelmente a única faixa disponível seja algumas dezenas canais em UFH ,canais de TV (ocupantes eventuais) seriam re-locados para cima ou para baixo , tal faixa teria destino exclusivo para a transmissão digital com características de potência equivalente ao modo analógico ( ou seja sem a redução de potência necessária hoje para o modo digital conviver vizinho ao modo analógico durante o período híbrido)

Observação: A emissora teria a possibilidade de ter programações diferentes entre os canais digitais e o analógicos (Multicast que também era louvado pelo ministro) , não seria permitido que a emissora operasse em modo analógico na zona destinada ao modo digital, imagino que o público inicial seria o de maior poder aquisitivo então existiria a necessidade de uma programação diferenciada para a criação da audiência primaria no sistema.

Possíveis questões:

1-Não seria mais caro ter dois transmissores para o modo DOUBLE CHANNEL?

R- A dificuldade de estabilidade técnica de convivência entre a freqüências geminadas do IBOC serão um custo contínuo (técnicos especializados /equipamentos fabricados unicamente por montadoras licenciadas pela IBiquity , ou seja, isto tornaria tudo mais caro) a IBiquity cobra também Royaties para quem usa o sistema (Radiodifusores) por toda vida útil de operação (nos moldes da assinatura da antiga Directv)

2-Mas os ouvintes terão dificuldades em sintonizar a freqüências do modo digital?

R- O IBOC não soluciona isso, porque para se ouvir a transmissão digital, obrigatoriamente o ouvinte terá que comprar um equipamento novo e compatível com IBOC (a dificuldade é comprar o equipamento, que em tempos atuais tem valor inicial de U$ 100 americanos ), com o DOUBLE CHANNEL , os equipamentos novos (com a entrada de qualquer sistema digital a compra é inevitável para entrar na "onda") pelo menos as emissoras terão a localização em modo canal na banda digital (EX: canal 01 = Universitária ; canal 02= desocupado; canal 03= 89FM( a marca) ; canal 04= Rádio Cidade ....) , além do ouvinte poder usar a banda analógica que também estaria presente no equipamento novo de recepção para ouvir as emissoras que ainda não possuem o segundo canal em uso ou por nostalgias de ouvir uma estaticazinha vez por outra (ou seja, seria um equipamento com uma faixa freqüências a mais, assim como AM, FM, SW1, SW2....D1 (digital um) e assim por diante.

Tudo hoje é memória, talvez você nem busque freqüências, você simplesmente sabe que a rádio tal é na memória número 2 , a fulando é na memoria 5 e assim já é nos dias de hoje! Principalmente nos “auto-rádios”.

3-Prefiro não precisar mudar de faixa!

R-Talvez isso não seja grande vantagem, pois por funcionar em freqüências (a emissão digital e analógica) vizinhas na transmissão no IBOC, o sinal digital tem que ser muito mais fraco para não interferir no sinal analógico da própria emissora, e um dos efeitos disso é que em certos locais o sinal digital é tão fraco que fica alternando com o sinal analógico , além da constante variação de qualidade o sinal digital sempre fica 7 segundos atrasado (inerente da codificação e decodificação digital), ouvir esse troca-troca é como entrar numa máquina do tempo maluca e chata.

Mudar de faixa nem é tão difícil assim, você faz isso quando quer ouvir uma AM e depois busca uma FM.

4-Em faixas diferentes o sinal digital poderá usar mais potência?

R-Bingo, é isso aí, por não comprometer com interferências o sinal próprio...Então FULL POWER neles.

4-Duas faixas para a mesma emissora (digital + analógica) não isso não é um desperdício?

R- Dezenas de Canais UHF apenas com ruído rosa ( fora do ar) é que é!

5-Manutenção ?

R- Ter a transmissão em IBOC apresenta o seguinte agravante, caso seja necessário solucionar um problema na transmissão digital existe o risco de causar um outro problema na transmissão analógica e o contrário também. Além de problemas que ficarão difíceis de diagnosticar , com dois transmissores (anal + digital) o controle da situação é melhor.

Estamos em pleno processo de aprendizagem no quesito digitalização de rádio e tv, nos Estados Unidos após 5 anos da adoção do HDRADIO (sistema hibrído desenvolvido pela IBiquity) o que temos por lá são 10% emissoras com transmissão em HDRADIO e 0,5% dos ouvintes usufruindo de seus receptores de HDRADIO, e pelo estágio de desenvolvimento em que a pátria mãe do sistema anda, a atenção sobre a sua adoção no Brasil vai ser repensada (adoção que era até pouco tempo atrás dada como certa)

Não sou especialista no assunto (muito longe disso) ,mas sinto que o melhor é um sistema simples e sem misturas de sinais, o consumidor se adapta e vai absolver tudo depressa , essa preocupação de manter a mesma freqüência sumiria com a manutenção da operação analógica pelo tempo que fosse necessário a transição , e após adotada pela grande maioria da população, seria natural a preferência pela sintonia digital sem a necessidades de grandes aulões de como se sintonizar sua rádio digital preferida (isso é duvidar da inteligência humana) , mais uma vez lembro que tudo hoje é na base da memorização de canais, (quem sabe o controle de voz funcione legal para buscar sua RÁDIO DIGITAL! FAVORITA EIN), o índice de digitalização em países desenvolvidos é baixo, quando muito atinge os 5% de ouvintes, caso o Brasil consiga atingir 10% em 5 anos por exemplo, o sistema brasileiro seria adotado apressadamente em várias partes do mundo!