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Cada um no seu quadrado: Todo mundo que ser “Dance Radio” sábado à noite


Para os que moram na região de Natal, é fácil definir os estilos de cada uma das emissoras componentes de nosso dial, é fácil caracterizar que tipo de bandas, cantores e sons encontram-se em suas freqüências.

Mas aí chega sábado à noite e então acontece algo interessante, eu chamaria de invasão dance , e é sem dúvida a maior reviravolta de público que uma emissora pode pedir, o público semanal dessas Fm´s populares é justamente o que em sua maioria tem aversão as músicas de até 8 minutos com batidas repetidas e samples colados, este som com fórmula “Mantra” tem foco e classes sociais bem diferentes, assim como nível de estudo, é interessante informar que este tipo de alteração radical é quase lei em todo o Brasil

Entendo que o objetivo de uma emissora que se propõe em 180º de inversão de curso musical durante o sábado à noite, talvez tenha como razão apresentar a quem interessar que a emissora não tem preconceitos e/ou tem ampliada faixa de ouvintes indo das camadas A,B..... até a Z.


Por outro lado, tomando por base o que estou ouvindo hoje, o nível alternativo chega a ser um mergulho profundo demais mesmo para os fãs do eletrônico, pois cheguei a ouvir 19 minutos de batida única, com 5 palavras em inglês faladas em tempo somado que duraria 2 destes minutos, este tipo de som tem característica diferente, pois são músicas como “Mantras”, são sons hipnóticos , e que não duvidemos que tal sonoridade tem sim um público apaixonado.

A dúvida

Tribos são muito orgulhosas, será que seus componentes se submeteriam a escutar uma emissora popular no horário alternativo dos sábados? Pode parecer “birra”, mas muita gente por algum motivo não se atreveria a sintonizar, pode ser por causa de orgulho em nunca cravar o tune em populares ou até mesmo declarar que falta espírito “dance” para esta executar o som da tribo, pode sim, por algum destes motivos nunca se cativar o público esperado, vale a pena abandonar mesmo que por algumas horas o fiel público popular? A questão aqui não é se isto é certo ou errado, a questão é se isto foi posto em balança , se os prós e contras do ecletismo radical foram avaliados. De qualquer forma existe um atenuante, pois os riscos à imagem da emissora com identifiação de massa são reduzidos pelo fato de se operar fora da faixa de horário mais comercial para FM´s, afinal é final de semanal e tarde da noite ! e mundo do radio tem direito aos experimentalismos

It´s Saturday night “not live”


Um aperitivo

O pop eletrônico das antigas, sons mais digeríveis como Depeche Mode, Ereasure, Savage , Pet shop Boys e outros, todo esse antigo acervo com músicas nas faixa dos 4 minutos e mais letrados (mesmo que o bom brasileiro não entenda nada) e mais melódicos, teriam mais acesso a população? Tenho certeza que o trânsito seria mais livre aos ouvidos de um público arredio as radicalidades dentro de uma mesma emissora, o ecletismo nunca foi pecado, mas sempre se pede muito tato no seu manuseio!

Para os sábados à noite, duas emissoras populares migram para “deep eletro” são elas a 95FM e Clube FM.

A Tropical FM apenas segue sua direção, já que executa “dance music” inclusive durante a semana, digamos que ela continua dentro dos parâmetros esperados no sábado.

Lanço aqui outra pergunta , é possível uma FM popular fazer melhor um programa dance , do que uma emissora já focada no estilo na batalha dos sábado a noite? Vejo vocês depois!

Aguardo comentários sobre minha pergunta também!