Em qualquer tipo de comércio a avaliação intuitiva ou cientifica das possibilidades de sucesso e faturamento apresentam-se como um dos itens primordiais na decisão de iniciar uma aventura econômica, vamos ver então alguns fatores sintomáticos do poderio econômico de nossa capital.
- Tomemos por base o Carnatal, um evento de grande importância e que altera obrigatoriamente o cotidiano da cidade, é um evento de impacto econômico para diversos setores, é verdade que alguns apresentam perdas por bloqueio de ruas comerciais e por causa da alteração das prioridade de gastos dos natalenses , mas muitos outros setores têm esta como a melhor época para um bom faturamento .
Tomando apenas um dos itens para observar certas turbinadas econômicas!
O abadá : preços superiores aos valores de abadás do Carnaval são raridades em outras micaretas, difícil de imaginar a Micarande com abadás de R$ 450,00 , ou até mesmo extinta Micaroa de João Pessoa ( com população já próxima a de Natal).
- Ainda na carona do primeiro item de observação, cito aqui a banda “Asa de Águia” que tem Natal como uma das cidades mais rentáveis para realização de shows, não seria surpresa um show de 15 mil pessoas com ingressos vendidos ao preço médio de 40 reais no Vila Folia.
- Carros, carros e carros novos, muitas vezes ouvimos que a nossa cidade apresentava um elevado índice de renovação da frota de autos, o natalense realmente gosta de carros e carros novos, à reboque as vendas de carros importados também aparecem com destaque.
Essas e outras demandas apresentam-se especialmente grandes mesmo quando se compara Natal com outras cidades com porte entre 700mil a 800 mil habitantes.
O número absoluto de habitantes que a cidade possua não é suficiente para indicar ao comerciante local, ao novo investidor o quanto de retorno ele poderá ter, de maneira comparativa o consumo do “Rádio” é maior do que os mesmos imaginam, tanto o consumo dos formatos existentes quanto daqueles formatos inexistentes ou de pouca produção, não é de bobeira que muitos ouvintes se refugiam na Internet na busca de streamings enquanto a cidade não disponibiliza um sinal portando suas preferências, de forma sintomática as músicas que não “tocam” no atual dial são reconhecidas nos bares , suas letras cantadas e explicadas numa mesa de amigos, o isolamento não existe, mas a vontade de encontrar fácil no dial sua banda favorita é grande.
O número de pessoas sedentas por Pop, por Rock e até mesmo por MPB em Natal, é um número sustentável, um número que salta aos olhos, mas por algum motivo sempre encontramos aos que contestam, e para estes a nossa missão não é simplesmente negar, nem confrontar, mas provar concretamente, reunir os dispersos para que essa massa seja visível, nada mais desafiador que provar aos próprios dispersos que estes formam uma multidão.