O sistema piloto automático teve sim bons momentos no rádio brasileiro, mas isso numa época que não concorria com os players de bolso dos nossos dias .
Dado o nível social de nossa cidade e os atuais valores e variedades dos players de bolso, grande parte da população pode ter um celular com centenas arquivos mp3´s , um mp3 player ou qualquer outro similar para os momentos non stop e com as músicas que o usuário já pré-selecionou a seu próprio gosto musical, sem breaks e/ou vozes, então porque muitos dos que possuem estes equipamentos continuam ouvindo rádio ...a resposta é simples, o rádio tem vida , tem lançamentos , interatividade, drops de informação...tem comunicação afinal!
Eu digo que: Quem gosta de rádio sem locução não gosta de rádio, gosta de CD , de mp3 , mas não de rádio!
Então é fato que a única coisa que substitui o rádio é o próprio rádio e isto acontece quando ele se reinventa, quando agrega tecnologias , isto é uma conclusão que tenho com base nas diversas sentenças de morte decretadas ao longo das décadas desde a invenção da televisão, sentenças jamais concretizadas , mas a condição de sobrevivência é que o rádio continue sendo rádio e não um playlist 24/7 com hora certa.
O público qualificado buscado por uma emissora classe A é justamente o que pode ter a mão qualquer player portátel com dezenas de horas de música, talvez pela faixa etária acima dos 30 anos , o público seja um pouco mais resistente a Ipods e players mp3 , e por isso as emissoras ainda caminhem bem pelo auto-pilot , mas com os celulares que são itens obrigatórios em qualquer faixa etária e que semestre a semestre inovam e se propõem a reunir tecnologias de armazenamento , lidar com a tecnologias do voltada para os “jovens” vai se tornar trivial em mais algum tempo, mesmo para o público de mais idade.
As até então emissoras mais requisitadas nas salas de espera dos consultórios médicos, estão sofrendo concorrência com a automatização daquele “pczinho” escondido na bancada que a atendente põe play no inicio do expediente. Bem é isso que vejo por estas bandas , posso ser o míope nessa história!
O caso da OI FM: Pouco comercial. pouco papo e....pouca audiência
É uma emissora Pop/Jovem que adotou o sistema piloto automático em boa parte de sua programação, mas mesmo quando utiliza locutor ao vivo, a atitude mais branda de locução destoa do estilo executado na emissora, tendo assim o pior dos mundos : Som Pop/jovem com locução serena, o que desagrada o público alvo, e a locução serena que até agradaria o público adulto, mas com as músicas que eles geralmente ...”odeiam”
É uma emissora que não possuem filial em Natal , e torço para que não venha a ter, pois só iria dar a impressão que não haveria mais espaço para uma nova Pop/Jovem em nossa cidade.
Nas cidades em que atua a OI FM , ela sempre se posiciona entre as menos ouvidas ,e no levantamento Ibope de Novembro para a cidade São Paulo ela se colocou no 35º lugar em audiência (fonte: http://www.tudoradio.com/noticias.php?noticia=1706 ), simplesmente a última posição, mas a culpa não é do estilo Pop/Jovem , pois a Mix FM que é Pop/Jovem também, nos últimos anos se posicionou bem entre as 4 mais ouvidas da Capital Paulista, sendo por um período a primeira em audiência geral em